Aumentar o desempenho das lavouras é essencial para atender à crescente demanda
global por alimentos, fibras e biocombustíveis, especialmente com o crescimento
populacional e a urbanização acelerada. Isso é particularmente importante no Brasil, um
dos maiores produtores agrícolas do mundo. Ao elevar a produtividade de forma
sustentável, a agricultura também fortalece a economia, gera emprego e promove o
desenvolvimento de regiões rurais.
Além disso, o aumento do desempenho agrícola, quando aliado às práticas sustentáveis,
contribui para a conservação ambiental. Tecnologias, como bioinsumos e manejo biológico,
são aliados importantes na preservação e recuperação da saúde do solo.
Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) revelam que o
mercado de produtos biológicos no Brasil vem crescendo mais de 30% ao ano com a
comercialização de bionematicidas, biofungicidas, bioinseticidas, bioherbicidas,
biofertilizantes e bioestimulantes. Nesse contexto, é preciso ressaltar a importância do
tratamento biológico de sementes. Peças-chave na produtividade, as sementes carregam
todas as características genéticas imprescindíveis para uma agricultura mais produtiva.
Entre os biológicos registrados no MAPA, cerca de 20% são recomendados para o
tratamento de sementes, visando uma melhor qualidade e estabelecimento inicial das
culturas, proteção das sementes contra fungos e pragas de solo e condições climáticas
adversas. Os microrganismos são os ingredientes ativos da maioria desses bioinsumos.
Fungos do gênero Trichoderma e as bactérias do gênero Bacillus são os mais utilizados,
além das bactérias, que são base para os inoculantes destinados à fixação de nitrogênio
(Azospirillum e os rizóbios).
Pesquisas já comprovaram que as sementes são um importante veículo para transporte de
patógenos para as áreas de plantio, sobretudo na soja e no milho, o que pode comprometer
toda a produção; e é por isso que o manejo biológico tem crescido ano a ano.
Esse é um processo que envolve a aplicação de microrganismos benéficos diretamente nas
sementes antes do plantio. Nesse momento, bactérias e fungos selecionados, ativas nos
bioinsumos, atuam em conjunto para proteger as plantas desde a germinação, promovendo
o desenvolvimento saudável e robusto.
Benefícios múltiplos
O tratamento biológico de sementes não só contribui para uma lavoura mais produtiva,
como também melhora a saúde do solo e fortalece a resiliência das plantas contra pragas,
doenças e variações climáticas, fatores cruciais para uma agricultura de alto desempenho.
Essa é uma prática eficaz para melhorar a qualidade do material genético e o potencial
germinativo, reduzindo o nível de patógenos presentes na lavoura. Esses benefícios
incluem:
- Saúde do solo: biológicos de alta performance melhoram a estrutura e a biodiversidade
do solo, promovendo o equilíbrio e a fertilidade da rizosfera – a camada ao redor das raízes,
onde ocorre intensa atividade microbiana essencial para o desenvolvimento das plantas.
- Proteção e crescimento: além de proteger contra pragas e doenças, os biológicos
estimulam o vigor das plantas, fortalecendo o sistema radicular. Isso resulta em plantas
mais saudáveis e produtivas, com raízes profundas e robustas que absorvem melhor os
nutrientes do solo.
- Resistência a estresse: este manejo ajuda as plantas a enfrentar condições de estresse,
seja por pragas e doenças ou por condições ambientais adversas, como seca e
temperaturas extremas. Essa resistência aumenta as chances de uma maior produtividade,
mesmo em condições desafiadoras.
Importante ressaltar que, após a aplicação do tratamento, o produtor vai contar com uma
estabilidade do microrganismo na semente que varia de acordo com cada produto, sendo
de 24 horas e em alguns casos, até 300 dias após a aplicação.
Diversidade
Existem diversos tipos de biológicos aplicados no tratamento de sementes, cada um com
funções específicas para aumentar a eficiência e sustentabilidade das lavouras. Entre os
mais utilizados, destacam-se os inoculantes, que fornecem microrganismos que estimulam
o crescimento das plantas, como as bactérias fixadoras de nitrogênio, amplamente
utilizadas na cultura da soja; os bioestimulantes, que melhoram o desenvolvimento das
plantas, aumentando a absorção de nutrientes e promovendo maior vigor; e os
bionematicidas, que protegem as plantas de nematoides, pragas que podem comprometer
seriamente a produtividade das culturas.
Na linha de produtos Indigo, por exemplo, encontramos um bionematicida que protege as
lavouras dos nematoides de cisto, galha e lesão, conhecidos por causar danos
significativos, afetando a saúde das plantas e a produtividade das culturas.
Nosso bionematicida da linha biotrinsic atua em todos os estágios de desenvolvimento
desses nematoides, desde ovos até adultos, promovendo um controle eficaz e contribuindo
para a saúde do solo e das plantas. Desenvolvido à base de microrganismos endofíticos, o
bionematicida é de fácil absorção, tornando as plantas mais robustas e resistentes.
Os produtores contam ainda com o biotrinsic simplex. Com microrganismos promotores de
crescimento para as culturas de milho e soja, ele é o primeiro produto no mercado brasileiro à
base de Bacillus simplex. Esta é uma solução que garante uma produção mais sustentável
ao associar diversos benefícios em um só produto e potencializar a solubilização de fósforo,
ajudando as plantas a absorver melhor esse nutriente essencial.
Impacto na produtividade
Vital para todas as culturas, estes produtos são extremamente relevantes e exigem manejo preciso no plantio da soja, do milho e do algodão para garantir o máximo desempenho. Com raízes bem desenvolvidas, estas culturas conseguem resistir melhor a pragas e doenças, reduzindo a necessidade de defensivos agrícolas e promovendo uma agricultura mais sustentável.
Estudos indicam que o tratamento biológico de sementes aumenta significativamente a
produtividade em culturas de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar. Isso acontece porque a
aplicação de biológicos nas sementes estimula o crescimento uniforme e robusto das
plantas, o que se traduz em ganhos de produtividade em campo.
Em um estudo de campo da Embrapa, observou-se um aumento de produtividade de até
10% nas lavouras de soja tratadas com biológicos, enquanto no milho e algodão a melhoria
na absorção de nutrientes e no vigor das plantas resultou em safras mais consistentes e
produtivas.
E é por conta de tais benefícios que o futuro dos tratamentos biológicos na agricultura é
promissor, com uma tendência de crescimento acelerado impulsionada pela busca por
soluções mais sustentáveis e eficientes. E a tecnologia tem sido um grande motor dessa
evolução, permitindo o desenvolvimento de produtos que atuam de maneira precisa e
integrada com as necessidades das plantas e do solo.
Ferramentas como inteligência artificial e bioinformática ajudam a identificar e desenvolver
microrganismos que aumentam a resistência das plantas e promovem um ecossistema
equilibrado. Além disso, os tratamentos biológicos estão fortemente alinhados com práticas
agrícolas regenerativas, que visam restaurar e enriquecer a saúde do solo e dos recursos
naturais.
Essa relação fortalece o compromisso do setor com a sustentabilidade, permitindo uma
agricultura que não só mantém a produtividade, mas também revitaliza o solo e promove a
biodiversidade – uma inovação que redefine o futuro da agricultura sustentável. E essa é
uma paixão que nos move e nos faz investir cada vez mais em tecnologia para desenvolver
as melhores soluções para o tratamento biológico de sementes.
Nosso time combina bioinformática e inteligência artificial, além de trabalhar tendo à
disposição o maior banco de microrganismos endofíticos do mundo. Tudo para que
possamos desenvolver biológicos que contribuam para uma agricultura mais produtiva.
Explore mais sobre os produtos biológicos da Indigo e descubra como eles podem ajudar no desenvolvimento saudável das suas lavouras, garantindo resultados de alta performance e maior sustentabilidade no campo. Para saber mais, clique aqui. https://www.indigoag.com.br/pt-br/biotrinsic-simplex
Referências:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/188348/1/ID-36739.pdf
https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/917932/1/2011RA046.pdf