Pequenos organismos que vivem no solo e alimentam-se principalmente das raízes das plantas, os fitonematoides causam um prejuízo inversamente proporcional ao seu tamanho em lavouras do mundo inteiro.
Também chamados de “vermes” e em sua maioria invisíveis a olho nu, os nematoides em geral possuem formato de fio (algumas espécies têm forma globular e são mais finos que um fio de cabelo). Tratam-se de seres aquáticos, mas que podem ser encontrados em ambientes extremos para sobrevivência.
Além de serem encontrados no ambiente – nematoides de vida livre – onde participam da ciclagem de nutrientes, eles podem ser parasitas de animais (zooparasitos) e fitoparasitas, quando são hospedeiros obrigatórios de plantas. E é sobre este último que vamos falar.
Um estudo realizado em 2022 pela Sociedade Brasileira de Nematologia mostrou que, em menos de 10 anos, os números de perdas devido aos nematoides pode levar a um prejuízo de R$ 870 bilhões. O levantamento também demonstrou que já existe uma perda de R$ 65 milhões, principalmente em lavouras de soja, o que significa que a cada 10 safras, uma inteira é perdida.
Na agricultura existem diversos gêneros de nematoides que podem impactar a produção:
No entanto, é consenso entre os nematologistas e fitossanitaristas que o gênero Meloidogyne é o mais importante na produção agrícola. Geralmente estes parasitas possuem uma espécie de estileto bucal que retira substâncias nutritivas das plantas e injetam substâncias tóxicas na célula vegetal.
Por estarem presentes no solo, eles atuam diretamente sobre as raízes das plantas e esse fitoparasitismo geralmente pode ser evidenciado pelo aparecimentos de galhas – as quais podem ser
confundidas com nódulos no caso da soja -,escurecimento do tecido da raiz e volume radicular reduzido.
Já na parte aérea das plantas, os sintomas acontecem em reboleiras, ou seja, “manchas” na área de plantio, formado por plantas menores e de folhas amarelas.
É importante destacar que as folhas amarelas são consequência da deficiência nutricional, e este é um sintoma reflexo do fitoparasitismo do nematoide, uma vez que ele atua destruindo a raiz, tornando a planta ineficiente para a absorção de água e nutrientes do solo.
O fato é que todos esses sintomas culminam com a queda na produção da cultura, por isso a importância de realizar o controle.
No Brasil, as principais regiões afetadas pelos nematoides são o Sul, Centro-Oeste e Norte. Em algumas regiões, mais de 99% das amostras evidenciam a presença desse parasita.
Existem diversos meios para combater os nematoides, no entanto, o crucial é a prevenção. Por não se locomoverem, o principal agente disseminador dos nematoides, é o homem. Dentro de uma área de cultivo o fitoparasita pode ser disseminado através de várias formas:
Para atuar preventivamente o ideal é seguir a rigorosa legislação sanitária, como o Decreto 24.114/34, o qual aprova o regulamento da defesa sanitária vegetal e a Lei 10.711/2003, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas. Depois disso, o controle é a melhor medida. Veja alguns cuidados:
O controle biológico vem conquistando espaço como uma prática viável tão eficiente quanto o químico (e até melhor), uma vez que seu período de ação é maior e mais sustentável. Entre seus benefícios destacam-se:
Para os nematoides, o controle biológico baseia-se na relação antagônica entre microorganismos e fitopatógenos, podendo ter diferentes modos de atuação: antibiose, predação, indução de tolerância da planta hospedeira, micoparasitismo, produção de enzimas e toxinas, colonização sistêmica da rizosfera da planta hospedeira, competição por nutrientes e sítios de colonização e liberação de enzimas hidrolíticas que atuam na degradação da parede celular.
Na Indigo, para o controle de nematoides você encontra o biotrinsic bionematicida, um produto feito à base de Pseudomonas oryzihabitans, um microrganismo endofítico, o que torna as plantas mais robustas e resistentes. Sua formulação é exclusiva e de fácil aplicação, atua em diferentes culturas e age nos três principais tipos de nematoides nas plantas: cistos, lesão e galha.
Outro diferencial é que não importa qual o estágio de desenvolvimento do nematoide, o Bionematicida atua nas fases de ovo, juvenil e adulto. Além de diversos benefícios, recebe melhor absorção por parte das plantas.
Referências
https://www.youtube.com/watch?v=ojF7P35U4bU
https://revistacultivar.com.br/artigos/nematoides-importancia-e-manejo
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5139844/mod_resource/content/0/nematoda_teo1.pdf
https://agroconsult.com.br/estudo-preve-prejuizo-de-r870-bilhoes-em-menos-de-10-anos-por-nematoides/
https://nematologia.com.br/files/anais/2017/Controle%20Biol%C3%B3gico%20pr%C3%
A1tica%20fundamental%20para%20o%20manejo%20sustent%C3%A1vel%20de%20nematoides.pdf