A guerra entre Rússia e Ucrânia tem gerado inúmeros debates em torno das consequências para o abastecimento de fertilizantes em todo o mundo. O Brasil, como um grande celeiro agrícola, entrou no meio dessa discussão, já que nosso país é muito dependente da importação desse insumo, por não conseguir produzir o suficiente internamente.
Antes de entrar na questão da falta de insumos, é preciso, no entanto, entender um pouco sobre os motivos para os fertilizantes serem tão importantes para a agricultura.
Em primeiro lugar, é importante lembrar que o sucesso de qualquer produção agrícola começa com um plantio bem realizado, e isso significa fazer uso de uma boa semente e utilizar bons fertilizantes. Então, pode-se inferir que os fertilizantes são essenciais para uma boa produtividade agrícola. Mas para elucidar melhor este ponto, é preciso entender a dinâmica solo-planta: para realizar o seu desenvolvimento completo e vigoroso, a planta necessita de água, luz e nutrientes, os quais são fornecidos pelo solo. No entanto, sempre que repassados para a planta, esses nutrientes são retirados do solo e devem ser repostos, seja por técnicas de manejo como o Plantio Direto, seja pelos insumos agrícolas.
Outra definição importante é sobre os fertilizantes! Trata-se dos macros e micronutrientes essenciais para o desenvolvimento das culturas, como o nitrogênio, o fósforo e potássio (macronutrientes primários), e também o cálcio, o magnésio e o enxofre (macronutrientes secundários), além de micronutrientes como boro, zinco, cobalto, molibdênio, manganês, entre outros.
Segundo dados da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), o Brasil importou no ano passado um total de 39,2 milhões de toneladas de fertilizantes e sua dependência da exportação chega a 85% do volume aplicado nas lavouras. Ou seja, o país é um dos maiores mercados consumidores do mundo de insumos, fazendo com que qualquer mudança no cenário de fertilizantes seja motivo de preocupação. Durante um cenário de guerra, como a que está acontecendo entre Rússia e Ucrânia, isso se torna ainda mais latente e preocupante.
A tensão dos produtores brasileiros levou o governo a buscar alternativas em outros países. Já foi acertado com o Canadá a exportação de mais fertilizantes para o Brasil, o que deverá resultar em cerca de 400 mil toneladas do insumo, cerca de 10% a mais do que os canadenses já exportavam para o nosso país. O governo brasileiro também já iniciou a elaboração de um Plano Nacional de Fertilizantes, um planejamento que pretende, a longo prazo, inclusive com metas para 2050, amenizar a dependência do Brasil dos insumos agrícolas importados.
Atualmente, qualquer ajuda é bem-vinda para que o Brasil não atinja um déficit muito grande de fertilizantes para sua produção agrícola. Diante dos custos operacionais mais altos e da necessidade urgente de encontrar fornecedores, pensar em safra recorde este ano já virou utopia para muitos.]
Atualmente, o Brasil ainda possui estoque de fertilizantes e o que se pretende é continuar mantendo o que importa de outros países. Alguns especialistas apostam que a falta do suprimento só será sentida na safra de verão do milho e da soja. Os mais otimistas esperam que a guerra cesse e que as sanções econômicas - que vem acontecendo desde o ano passado - também acabem. O essencial neste momento é que o produtor, ao comprar o insumo, garanta que ele seja entregue.
No momento, a preocupação é com o preço, mesmo assim, acredita-se que o mercado deverá se reorganizar diante da permanência da guerra e da escassez dos insumos.
Uma das apostas, a médio prazo, seria a ativação das plantas de produção de fertilizantes nitrogenados da Petrobrás, mas a estatal já negociou uma delas (que está 80% concluída) com um grupo russo, enquanto as outras encontram-se desativadas, marcando a saída integral da estatal do setor de fertilizantes nitrogenados.
Já a curto prazo, engenheiros agrônomos apostam em um manejo bem executado. Ou seja, realizar ações que utilizem a reserva nutricional que o solo de várias safras sucessivas possui e utilizar fertilizantes em menor quantidade. O fato é que este será um ano em que os produtores rurais deverão, mais do que nunca, estar com a atenção redobrada ao manejo agrícola.
Quando se fala em manejo, os agrônomos recomendam que sejam realizadas, desde uma análise de solo bem feita até a realização de um Plantio Direto de melhor qualidade. Através da análise do solo é possível saber a quantidade de nutrientes disponíveis, quais serão necessário repor, o quanto deverá ser aplicado, qual a fórmula ideal e também aferir a necessidade de uma aplicação de calcário para corrigir o pH. Com isso, espera-se melhorar a disponibilidade de nutrientes no solo.
Já a implantação do sistema de Plantio Direto, que consiste na manutenção da palhada remanescente da cultura anterior (fonte de matéria orgânica) sobre o solo - e/ou na utilização de plantas de cobertura que reciclam nutrientes - é uma outra alternativa que pode se mostrar bastante eficaz. As braquiárias, por exemplo, são eficientes na reciclagem de fósforo e potássio, enquanto as leguminosas incorporam nitrogênio.
Realizar o equilíbrio entre as possibilidades existentes e as necessidades será o grande desafio para não deixar de adubar e garantir a produção agrícola. A ideia central é optar pelo melhor rendimento econômico aliado a boas práticas agronômicas, ou seja, alimentar o solo para garantir uma boa nutrição de plantas.
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